breve dissertação sobre avaliação escolar no ensino médio de são paulo
Primeiramente, o que vem primeiro: as políticas públicas. Visando, ao mesmo tempo, expandir o acesso a escola e minimizar os gastos com os alunos, a política nacional de educação opta pela "progressão continuada" durante o nível fundamental. A política tem sucesso em seus dois requisitos. Os alunos não são mais "convidados" a se retirar da escola devido as constantes reprovações. E o governo não precisa pagar por mais um ou dois anos de estudo para esse aluno.
Outras promessas da lei, no entanto, nao são cumpridas: a escola não se modernizou. O ensino continua tradicional, pois o "cuspe e giz" é sempre o recurso mais barato (e o governo precisa economizar). Outros recursos são insuficientes ou, claramente, fruto de desvios. Aos professores é dado o que eles não pedem. Armários para os livros dos alunos? Impossível. Tablets? Por que não?
O problema da indisciplina é tratado como algo inerente a educação do pobre brasileiro e, portanto, de somenos importância (as reclamações dos professores seriam, então, achaques de uma elite). Tendo em vista essa análise desvinculada da realidade das salas, gestores se comprometem a fazer professores se esforçarem mais. Ignorando-se a indisciplina constate, é fácil pedir por mais relatórios, mais justificativas para as notas de cerca de 40 alunos nas várias salas que o professor avalia. E ainda mais fácil é culpá-lo pela sua falta de controle com o aluno e sua incapacidade de ser "interessante' para este.
Essa contingência da escola pública leva a que, ao mesmo tempo,