Breve análise à aplicação do Dilema do Prisioneiro num caso real
REDES, PARCERIAS E LIDERANÇA
QUESTÃO 1
O ser humano é, pela sua própria natureza, egocêntrico; o egocentrismo é uma caraterística que permanece ao longo da vida, secundarizado apenas pela ação socializadora que sofre, essencialmente nos primeiros anos de vida e pelo próprio desenvolvimento cognitivo-emocional. E é esta caraterística – o egocentrismo, a centração em si mesmo e na satisfação dos seus interesse, em primeira instância - que, antes de mais, condiciona todas as relações interpessoais, quer na esfera pessoal, quer na esfera social. Contudo, é um facto que, apesar das caraterísticas egocêntricas do homem e do seu individualismo puro, a cooperação existe na sociedade, assumindo um cada vez maior protagonismo no âmbito das politicas sociais e económicas da atualidade. O motivo ou as motivações para tal podem diferir de área para área e de agente para agente, mas um deles é, pelo menos, transversal – a(s) vantagem (s) que podem advir para cada um dos intervenientes nessa cooperação. O Dilema do Prisioneiro representa, de uma forma abstrata, aquilo que é comum a um vasto conjunto de situações específicas, sem considerar inúmeros detalhes de cada uma dessas situações, ajudando, assim, a clarificar aspetos mais subtis da interação, realçando-os no conjunto das numerosas e complexas variáveis que um processo de interação e de tomada de decisão envolve. Esta representação abstrata, apesar de não considerar diversas variáveis envolvidas no processo atrás referido, permite efetuar uma análise simplificada, facilitando a compreensão da realidade e dos processos envolvidos.
Se se considerar um caso real de cooperação entre duas entidades, partindo do pressuposto de que a cooperação ocorre quando, de forma intencional, estas entidades produzem algo, através da partilha de recursos, esforços, riscos e resultados, bem como do processo de tomada de decisão, o Dilema do Prisioneiro não se aplicará de forma