Breve análise do livro O caso dos exploradores de Caverna
Na obra “O caso dos exploradores de cavernas”, de Lon L. Fuller, docente da universidade de Harvard Law School, o autor apresenta um caso fictício ocorrido no ano de 2.299 e julgado em 4.300 ondese questiona duas grandes linhas de raciocínio existentes no direito, sendo essas o direito positivo e o direito natural, essas teorias são demonstradas ao decorrer de um litígio na Suprema Corte de Newgarth por meio da argumentação dos juízes envolvidos.
O caso em discussão trata-se do fato ocorrido com cinco homens membros da Sociedade Espeleológica que estavam em uma exploração em uma determinada caverna que ocasionalmente sofreu um desmoronamento, deixando dessa forma o grupo que ficou conhecido como os exploradores de caverna presos e com poucos mantimentos. Durante o período no qual o grupo ficou confinado ocorreu um homicídio contra um dos membros, objetivando-se a sobrevivência dos demais.
Após o resgate feito e a então saída dos quatro exploradores, esses foram denunciados pelo homicídio do quinto membro, Roger Whetmore. Submetidosapós a denúncia a julgamento no Tribunal do Condado de Stowfield, no qual foram condenados á morte pela forca. Entretanto os acusados recorreram a decisão, sendo essa submetida a Supre Corte de Newgarthpara então decidir o fato ocorrido.
Durante o litígio foram apresentados argumentos para a condenação e absolvição dos acusados por quatro juízes, sendo que o primeiro foi Foster J. que apresentou o direito natural como o princípio a recorrer no caso, sendo este o ideal por ser uma justiça superior e também pelo fato ter ocorrido longe dos limites jurisdicionais e consequentemente longe do âmbito do direito positivo que prevalece no sistema atual dos países, e que se julgado nesse sistema haveria lacuna na lei, pois a lei deve-se ser interpretada de modo racional, segundo o seu proposito evidente