Breve análise do filme "O Enigma de Kaspar Hauser"
Algo muito presente no conceito da semiótica são os signos, que são as imagens ou íconces que nos remetem a algo. Segundo Peirce, a mente humana pensa primeiro no signo, para depois dar um significado a ele.
Ou seja, semiótica é tudo aquilo que represente ou signifique alguma coisa. Seja através de palavras que expresssam um pensamento, ou através de um signo que te remeta a uma já conhecida imagem de um objeto, por exemplo.
Partindo para a análise do filme, mais especificamente para a cena final onde Kaspar em seu leito de morte começa a contar uma história. Nesse momento podemos perceber a falta de estruturação e referências limitadas de símbolos e sígnos que ele tem na hora de contar a história, além de contá-la de maneira confusa.
Isso pode ser explicado pelo histórico de vida dele, e a cultura (ou falta de) que ele teve até parte da adolescência. Por ter crescido trancado dentro de um porão sem nunca ter saído para conhecer as coisas fora daquele espaço onde ele habitava, e sem contato com outras pessoas, sem uma vida em sociedade melhor dizendo, por conta de tudo isso o modo como ele enxergava a vida e a si mesmo era completamente diferente do de pessoas com essa 'experiência' de vida. Kaspar por exemplo não conseguia se enxergaar como uma pessoa, ele se enxergava apenas como uma representação do escrito do seu nome (como vemos na cena em que ele planta seu nome e quando pisam em cima, ele se sente profundamente humilhado).
Voltando para a cena do filme em questão, ele diz que ele quer contar a história de uma caravana, mas ele só sabe o começo, então ele começa a contar a história sem muito contexto por trás da