Breve análise da política externa brasileira
As relações internacionais criadas pelo Brasil durante o século XX vislumbravam independente do governo e das políticas internas em questão, como principal intuito o desenvolvimento econômico e social da nação através de parcerias estratégicas, sejam estas feitas com alguns países em específico, ou blocos econômicos, como o registrado nas relações estabelecidas a partir da década de 1980. (Alcides Costa Vaz, 1999).
O país buscou, no decorrer das décadas, criar um grande acervo de contatos diplomáticos, em principal, para contrabalancear as relações em vias de deterioração com a potência hegemônica (EUA) em diversos momentos. Estas tinham como objetivo maior o desenvolvimento econômico da nação brasileira e, assim, foi almejado a construção de regras que desimpedissem o acesso aos insumos para esse desenvolvimento - em geral, ao capital e aos distintos mercados, tanto de fornecedores como consumidores para a indústria nacional. As relações criadas neste âmbito foram de natureza pacífica e muito universais, o que permitiu ao país muita flexibilidade e, consequentemente, um certo capital diplomático de prestígio internacional. Além disso, foi através do pragmatismo assumido pela diplomacia brasileira que foi possível tornar operacional estas relações através, por exemplo, do diálogo e da aproximação de algumas posições políticas e da penetração comercial recíproca. É notável a posição do pacifismo e do não-alinhamento ideológico da práxis diplomática brasileira. Posição, esta, que levou o Brasil a buscar alternativas ao relacionamento com os Estados Unidos, que sempre foram e ainda se mantém, uma das relações mais importante do país com o exterior que, no entanto, nunca configurou como aliança privilegiada – o que, na verdade, não seria factível, tendo em vista a discrepância dos interesses, do tamanho e poderio econômico de cada um. A dinamização das relações com a Europa Ocidental nos anos pós-guerra aumentou