Brentano

Franz Clemens Honoratus Hermann Brentano foi dominicano secularizado, iniciou sua docência na Universidade de Wurzburg e depois, foi durante vinte anos, catedrático na Universidade de Viena, Áustria. Este foi o período áureo de seu prestígio como professor e como conferencista popular. Trata-se sem dúvida alguma, da figura mais heteróclita, tanto da filosofia quanto e, sobretudo, da psicologia contemporânea.
Seu pensamento irradiante e inovador durante sua vida tornou-se quase anônimo após sua morte. No entanto atualmente, no campo da Psicologia, Brentano vem sendo resgatado por professores das universidades de Oxford, de Brown e Wurzburg.
Franz Brentano começou sua carreira como teólogo católico. Em 1867, publicou um esboço da história da filosofia no âmbito da igreja medieval, em que, expõe tão clara e agudamente quanto no ensaio de trinta anos depois, a sua famosa doutrina das quatro fases. Tanto inicial quanto posteriormente, entretanto, o seu interesse intelectual se centrou na filosofia de Aristóteles. Brentano chegou a Psicologia através de um estudo intensivo do De anima, e fez do método Aristotélico o seu padrão de procedimento científico.
B.Muller cita em primeiro lugar a obra de Brentano, A Psicologia de um ponto de vista empírico, com sua doutrina da act-psychology. Na act-psychology brentaniana, a consciência é sinônimo dos atos psíquicos pelos quais o sujeito dá significado aos objetos do mundo relacional intencional. E a partir dessa ideia representada internamente o sujeito se adapta. Na Psicologia essa representação dos significados chama-se “campo perceptual”.
Esse aspecto fenomenológico ou experiencial-existencial da percepção també é conhecido com inner perception, que direciona a conduta humana sendo passível de estudo. Sendo assim dá-se a indissociabilidade entre o pensamento e a ação, pois vai contra o caráter estático dos conteúdos de Wundt
Sobre a influência do pensamento brentaniano na doutrina psicanalítica, algumas observações de