Braço de ferro
As “novas” famílias nas sociedades contemporâneas
Famílias Monoparentais
Mestrado em Ciências da Educação (2º ciclo)
Educação Social e Intervenção Comunitária
Índice
Introdução
Numa sociedade em que as relações são cada vez mais fluídas (BAUMAN, 2007), consideramos pertinente a realização de um breve estudo sobre a monoparentalidade e o seu papel numa sociedade líquida.
A família sempre teve um papel relevante na sociedade, no entanto tem sofrido grandes mudanças ao longo dos anos, dando origem ao surgimento de diversos modelos de famílias.
Na sociedade pós-moderna deparamo-nos com diversos fatores que contribuem para o surgimento da monoparentalidade como um modelo de família. É de ressalvar que as famílias monoparentais existem desde os primórdios da humanidade, resultado da viuvez, e mais recentemente dos divórcios e das mães solteiras, entre tantos outros factores.
Estes fatores vão desde a inseminação artificial à adoção, uma vez que implica uma pessoa adulta, homem ou mulher, que tem de ser responsável por uma ou várias crianças.
Fundamentação Teórica
Nos últimos tempos, no Ocidente, a família tem vindo a modificar as suas dimensões, organizando-se de formas diversas e tendo em conta novos valores (Relvas e Alarcão, 2002).
O conceito de família dita tradicional e clássica é definida como um conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte do mesmo. Este modelo de família é geralmente de tipo extenso, em que apresenta um elevado número de indivíduos, de várias gerações, residentes no mesmo local.
Família para além de ter uma dimensão única e de funcionar como um todo é fazer parte integrante de um sistema de contextos – comunidade e sociedade. Organizada por papéis e funções de cada elemento de cada sistema, a estrutura familiar é a responsável para que não existam duas famílias iguais. Deste modo,