Brasil
O livro encontra-se dividido em duas partes, cada uma com quatro capítulos. A primeira aborda aquela que é a mais "disfuncional" das instituições, o sistema eleitoral, e os tipos de políticos e partidos daí advindos. Na segunda parte a análise desloca-se para a arena legislativa.
No primeiro capítulo, depois de uma breve caracterização das regras eleitorais vigentes no país, Ames apresenta sua mais original contribuição para o entendimento da democracia brasileira: o desenvolvimento de uma taxonomia espacial das bases eleitorais dos deputados brasileiros. O argumento é que no sistema de representação de lista aberta as estratégias eleitorais refletem um tipo singular de competição, que pode ser representado com base em duas dimensões: uma que varia de acordo com a "penetração política vertical" do candidato, medida pela porcentagem de votos obtida em determinado município ou conjunto de municípios e que informa a sua dominância naquele espaço; a outra dimensão depende da distribuição geográfica dos municípios onde o candidato obteve sua votação e que revela o grau de concentração ou dispersão de sua base eleitoral.
Logo a seguir Ames examina as estratégias de campanha dos candidatos à Câmara dos Deputados,