Brasil
Ao contrário do protecionismo de Vargas, Juscelino Kubitschek, quando comandou o país entre 1956 e 1961, permitiu a entrada de capital estrangeiro para alavancar o setor automobilístico e energético do país, estabelecendo um “Plano de Metas” que teria como principal slogan o famoso “50 anos em 5”. Entretanto, apesar de facilitar o investimento de empresas estrangeiras no país, Kubitschek viu a dívida externa multiplicar-se e a inflação atingir níveis preocupantes, fazendo com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) interferisse na economia do país.
Sem condições de pagar a dívida externa, a situação econômica do país só piorava, principalmente após a renúncia de Jânio Quadros à presidência, em 1961. João Goulart, que assumiria posteriormente, preocupava-se com as reformas de base e a diminuição da distribuição de renda, o que de certa forma contribuiu para que o Golpe Militar tivesse apoio das elites e fosse efetivamente posto em prática em 1964.
Governo Militar e o “Milagre Econômico”
Quando assumiu a presidência, Castelo Branco aprovou o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), com dois objetivos básicos: formular políticas conjunturais de combate à inflação, associadas a reformas estruturais, que permitiram o equacionamento dos problemas inflacionários causados pela política de substituição de importações e das dificuldades que se colocavam ao crescimento econômico; o que requeria, agora, que fosse dado um segundo passo no processo: a expansão da então pequena indústria de base (siderurgia, energia, petroquímica) para evitar que o aumento da produção de bens industriais de consumo final, ampliada pela política de substituição de importações, provocasse um aumento insustentável nas importações brasileiras de insumos básicos, que a indústria nascente consumia de forma crescente.
Nos primeiros sinais de recessão econômica, por volta de 1967, o Ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto reitera a