Brasil é referencia mundial em plantio direto
O plantio direto na palha foi desenvolvido por diversos setores da pesquisa e extensão rural na região Sul do Brasil, ainda na década de 70. Preconizava, no primeiro momento, a imobilidade do solo durante o plantio, contrapondo a prática vigente na época de “preparo do solo”, com uso de arado e outros equipamentos. Rapidamente, resultados como conservação da fertilidade, aeração e umidade do solo impactaram o sistema produtivo, com economia de mão-obra e vida útil de máquinas e insumos.
O fator ambiental, forte demanda da sociedade nas décadas seguintes, consagrou a adoção do plantio direto com a preservação da biodiversidade, mantendo a qualidade de rios e vias públicas. Hoje, 70% da produção de grãos no Brasil está baseada no sistema. Em ordem decrescente de área agrícola, os países que adotam a técnica são Estados Unidos (21% da área) e Argentina (55%). Estima-se que o plantio direto esteja presente em mais de 90 milhões de hectares em todo o mundo.
Estes são os resultados que um grupo de produtores franceses veio conhecer na última quarta-feira, dia 13. Os visitantes com origem do GRCETA – grupo que atua na pesquisa, produção e industrialização de grãos –, com sede em Bordeaux, chegaram com a meta de avaliar os caminhos que a Europa está percorrendo na adoção do plantio direto. “O plantio direto está crescendo muito na França e em toda a Europa. Isto desperta técnicos e pesquisadores quanto ao próximo passo para garantir a sustentabilidade do sistema. No Brasil, estamos avaliando quais as ferramentas que devem estar associadas ao plantio direto para melhorar ainda mais o processo, como terraços, plantio em contorno, sulcos de contenção de enxurradas etc”,