Brasil e China (1974 - 1979)
Ao longo de seu governo, o presidente Geisel e seu chanceler, Azeredo da Silveira, adotaram mudanças na política externa do país sob o amparo do Pragmatismo Responsável. O programa buscava projetar o Brasil na hierarquia internacional de poder, tirando vantagens de um sistema internacional singularmente flexível. Sua lógica articulou aspectos tradicionais da política externa brasileira com elementos típicos do realismo político. Este artigo analisa a retomada das relações diplomáticas entre Brasil e a República Popular da China e a inserção de ambos no cenário interncional.
Palavras-chave: Política externa do Brasil, Regime militar, Pragmatismo, Realismo, Ernesto Geisel, República Popular da China.
ABSTRACT
Along his government, President Geisel
Brasil e China e a retomada das relações diplomáticas
No contexto das multilaterizações é que o Brasil busca relações com novos parceiros externos, ainda que dependente dos norte-americanos. Um desses novos parceiros é a República Popular da China. Ambos paises tinham interesses em comum em relação ao plano internacional, ambos queriam autonomia internacional, soberania nacional e integridade territorial. Ernesto Geisel utiliza-se para justificar a inserção do Brasil no mercado externo, o contexto de multilaterizações no cenário internacional, em um processo de abertura política lenta e gradual no período de distensão da guerra fria. A política externa brasileira, nos anos de 1974 a 1979, durante o governo Geisel e de seu chanceler Antônio Azeredo da Silveira, seguiu a abertura iniciada por Costa e Silva e ampliada por Médici. Mas foi neste período que medidas mais ousadas foram tomadas, de maneira pragmática Geisel notoriamente deixou de lado o alinhamento aos Estados Unidos abrindo o leque político para melhor inserção brasileira no sistema internacional.
Em 15 de agosto de 1974, o Brasil passa a estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China, iniciadas no governo de Jânio Quadros