Brasil e América do Sula: política externa imperial
Relações Internacionais do Brasil na América do Sul
Entre 1822 e 1899 a política externa do Brasil para os países da Bacia do Prata passou por fases. No cenário internacional, a Europa estava em crise, EUA e China envolvidos em suas guerras civis, Japão com a revolução modernizadora, os Estados uruguaio e argentino em notável debilidade e o Estado paraguaio com dificuldade patrimonial. Tal dispersão de forças no plano internacional abriu no Prata um espaço de manobra para o Brasil. A política brasileira sentiu a necessidade de mudança e tomou iniciativa (1845), recuou desde a intervenção franco-britânica até a sua retirada (1849-1850) e decidiu, depois, solucionar os problemas pela força (1851-18520.
A política de cooperação adotada com o tratado de navegação, comércio e paz para com os países do Prata foi efêmera e sem resultados. A intervenção contra Oribe e Rosas, decidida por Paulino após a retirada européia do Prata, caracterizou-se por uma política nacional autônoma, preocupando-se em:
1) Observar que Rosas saíra fortalecido do confronto com os europeus e que pretenderia levar adiante seu intento expansionista na região;
2) Solucionar o estado de quase-guerra com a Inglaterra por causa do tráfico de escravos;
3) Vencer o apoio inglês a Rosas;
4) Observar o rompimento de Paulino com o governo de Buenos Aires;
5) Desencadear o debate público e ganhar apoio na campanha platina;
6) Aceitar a oferta de Mauá de financiamento da praça de Montevidéu contra Oribe;
7) Firmar alianças no Pacífico e Prata contra Rosas.
Nisto, a estratégia de guerra envolveu a diplomacia, as alianças e colaboração de homens fortes no Pacífico, Assunção, Montevidéu e Rio Grande do Sul. As operações contra Rosas foram executadas com máxima rapidez, evitando a chegada interventiva inglesa. Rosas é derrotado junto com a política inglesa para o Prata, configurando a ascensão do Brasil como nova potência regional, temporariamente hegemônica.
O Brasil