Brasil, um país de todos?
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Brasil, um país de todos? Desde a primeira metade do século XVI os negros foram trazidos da África para o Brasil com o objetivo de se tornar mão-de-obra escrava em engenhos de açúcar, onde sofriam abuso físico e preconceito. No final do século XIX os negros foram libertados graças a Lei Áurea, lei que proíbe a escravidão, e desde então as raças que compõem a população brasileira tem vivido em completa harmonia e igualdade. Será mesmo? Não é raro ver, ao pegar um transporte público, principalmente ônibus, a reação defensiva de passageiros ao entrar um indivíduo mal vestido branco ou negro. Eles logo escondem celulares e apertam com mais força suas bolsas, com medo de serem furtados. No Brasil, boa parte das pessoas - principalmente aquelas criadas na classe média/média-alta – associam pessoas como esse indivíduo como marginais, pobres, incapazes e sem maneiras. Podemos ver isso claramente no “caso Vinícius Romão”, no qual o mesmo foi preso “em flagrante” após supostamente ter roubado uma mulher no Méier - sendo que nenhum objeto roubado estava com ele. Vinicius recentemente foi solto, pois a vítima o havia confundido com outro homem cuja descrição era “negro, camisa preta e cabelo estilo “black power””. Tanto logo após a abolição da escravidão quanto agora, os negros já tinham dificuldades de se encaixar na sociedade. Empregos lhe eram negados simplesmente por serem negros - hoje, são negados pela falta de qualificação e estudo, fatores diretamente ligados à falta de apoio do governo aos escravos após a libertação -, ou então faziam trabalhos pesados ou humilhantes, recebendo baixos salários, o que acontece até hoje. Por exemplo: de acordo com dados obtidos pelo IBGE de 2013, um trabalhador negro no Brasil ganha, em média, pouco mais da metade (57,4%) do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Existem aqueles que dizem que o Brasil é um país sem preconceitos, onde todos têm as mesmas oportunidades e desfrutam dos mesmos direitos. Apenas