"Brasil um país de poucos"

“Ordem e Retrocesso”: Brasil, um país de poucos

Manuela Rached Pereira

A partir da “geração hippie” dos anos 60, gerou-se um movimento capaz de mobilizar uma enorme quantidade de pessoas que se sentiam, de alguma forma, representadas pelas mesmas ideologias . Em várias situações, porém, a influência das autoridades sob os meios de comunicação acobertavam a discussão que se desenvolvia sobre o comportamento marginal dos hippies e,com isso, acionava-se a força policial para que esses "delinquentes" fossem retirados dos espaços públicos.
Nos dias de hoje, século 21, há quem acredite que essa geração revolucionária de pensadores livres ficou para trás nos anos 70, e que o que encontramos hoje em países como o Brasil, são artistas e artesãos de rua que não conseguem ou não se permitem adaptar ao sistema capitalista. No entanto, há também aqueles que defendam que o movimento permanece vivo nos diversos cantos do país, e que ele ainda se faz presente na arte e nas ideias dessas pessoas.
A questão a ser discutida aqui independe de termos e nomenclaturas definidas pela sociedade atual para classificar esse grupo de pessoas. Afinal, apesar dessa dúvida pouco relevante, quem passa pelas praças e avenidas do país, continua se deparando com eles- os hippies, artistas de rua ou artesãos (enfim, como quiserem chamá-los). Passam, olham, às vezes até param para comprar alguma coisa e depois seguem seus caminhos sem se darem conta do que pode estar acontecendo por lá.
Sabe-se que o movimento hippie surgiu na década de 1960 e desenvolveu-se principalmente, na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos,onde muitas pessoas procuravam por valores novos. Dispostos a oferecer uma visão de mundo inovadora e anticapitalista, os hippies eram,em sua maioria, jovens de espírito libertário que abandonaram seus lares e familiares dispostos a se entregarem a uma vida de ideologias