Brasil Nação e Belle-Époque
Faculdades de Artes Visuais
Cultura Brasileira
Profa. Maria Eleuterio
Turma AAB
O Brasil Nação e a Belle-Époque
Jéssica Gandara Chaves
São Paulo, 9 de Outubro de 2014
A segunda metade do século XIX representou um período de grande transformação econômica e cultural da história brasileira. Para que as futuras e primeiras elites burguesas pudessem viver as glórias culturais adquiridas da imigração européia – especialmente francesa - e esbanjar de sua prosperidade econômica, havia um Brasil em declínio econômico e sedento por uma identidade cultural há muito perdida, revelando disparates político-sociais por trás do aparente progresso brasileiro.
Uma das principais causas de tal transformação econômica no início do século passado veio através da tardia e gradual abolição do escravidão, que iniciou-se no Brasil Imperial de 1850, com a lei Eusébio de Queiros e foi finalizada em 1888 com a Lei Áurea, mas seus efeitos se fizeram sentir ao longo de toda a segunda metade do Século XIX, desencadeando um período de franca prosperidade e larga ativação da vida econômica do país. Mas boa parte dos empreendimentos que se fez foi apenas resultado da especulação, estimulada pela liberação de capitais que antes eram utilizados no tráfico negreiro e também pela inflação de crédito e grandes emissões de papel-moeda. Iniciou-se um período de projetos de grandes construções, rica produtividade agrícola e ativação comercial (de importação e exportação), com ênfase na produção de café no sudeste, na produção de borracha na floresta amazônica (tendo seu auge entre 1879 e 1912), no cacau e na extração de açúcar.
A questão de mão-de-obra nos maiores centros, onde a nascente indústria se localizava, foi resolvida a baixo custo com uma população livre, mas pobre (especialmente imigrantes europeus em busca de novas oportunidades fora da decadência de um continente no pós-guerra), porque para a