Brasil na segunda guerra mundial
Getúlio Vargas (sentado à esquerda) e Franklin D. Roosevelt (sentado à direita), Rio de Janeiro, 1936.
Em fevereiro de 1942, submarinos alemães e italianos iniciaram o torpedeamento de embarcações brasileiras no oceano Atlântico em represália, segundo os diários de Goebbels, à adesão do Brasil aos compromissos da Carta do Atlântico (que previa o alinhamento automático com qualquer nação do continente americano que fosse atacada por uma potência extracontinental), o que tornava sua neutralidade apenas teórica.
Carmen Miranda foi considerada a musa da Política de boa vizinhança, que consistia em uma maior aproximação dos Estados Unidos com a América Latina. A II Guerra Mundial contribuiu muito para que isso acontecesse.
De fundamental importância para que o governo brasileiro paulatinamente se alinhasse com os Estados Unidos e, consequentemente, com a causa aliada, a partir de Pearl Harbor, foram: as tentativas veladas de ingerência nos assuntos internos brasileiros por parte da Alemanha e Itália, especialmente a partir da implantação do Estado Novo; a progressiva impossibilidade, a partir do final de 1940, de manter relações comerciais estáveis e efetivas com esses países devido à pressão naval britânica e, posteriormente, americana; e a chamada política de boa vizinhança praticada pelo então presidente Franklin Delano Roosevelt, que, entre outros incentivos econômicos e comerciais, financiou a construção de uma gigantesca siderúrgica, a Companhia Siderúrgica Nacional.3 4 5 Segundo informações da época, os Estados Unidos tinham supostamente planos para invadir a região Nordeste do Brasil, caso Getúlio Vargas insistisse em manter a neutralidade do país.6 7
Durante o ano de 1942, em meio a incentivos econômicos e pressão diplomática, os americanos instalaram bases aeronavais ao longo da costa Norte-Nordeste brasileira. A mais importante delas ficava no município de Parnamirim, vizinho à capital Natal, no estado