Brasil: laboratório racial
Nesse livro “Brasil, laboratório racial”, pelo que eu entendi o autor fala sobre a chegada dos colonizadores a mistura de raças e sobre o racismo. Fazendo citação de que “Não há raças puras”. Todas as raças são heterogêneas pela própria dinâmica do mecanismo hereditário e pelas miscigenações sucessivas sofridas durante séculos e milênios. A rigor, e sob o ponto de vista estritamente científico, o conceito de “raça pura” simplesmente não tem sentido.” Numa palavra, “todas as raças humanas são saudavelmente impuras. A humanidade lucra com a miscigenação”. Hitler mentiu para os alemães e enganou-os horrorosamente a ponto de os induzir à perversidade nazista. Judeus, eslavos e outros sofreram-lhe a criminosa ação, ao ser sacrificados aos milhões nos campos de concentração. Essa monstruosidade concentrou em si tal odiosidade que outras formas de racismo empalideceram. No Brasil, vivemos experiência análoga com a escravidão dos negros até o final do século XIX. A Lei Áurea, porém, que a aboliu, não eliminou formas larvadas de racismo, embora menos perceptíveis não menos danosas. A ação bélica de Israel na Faixa de Gaza tem sido analisada também sob o ângulo da “limpeza étnica” contra os palestinos. Os judeus, vítimas do terrível holocausto, sob a insânia nazista, reagem de modo semelhante em relação ao povo palestino, cujo “crime” foi habitar antes o território que eles vieram ocupar com a criação do Estado de Israel na década de 40. Novo tipo de racismo, apoiado por gigantescos interesses econômicos. A ética entra em ação. Articula-se com a ciência para denunciar tanto o mito da raça quanto a mentira genética. Some-se a horrível e covarde dominação judaica sobre os palestinos menos adestrados e apetrechados para guerra tão violenta. Na raiz do grito ético está a consciência da dignidade do povo e de cada cidadão palestino. Duas realidades que independem de qualquer consideração étnica ou militar. Antecede-as como valor