Brasil, em direção ao século XXI
Brasil, em direção ao século XXI
Referência Bibliográfica Completa:
SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Brasil, em direção ao século XXI.
Texto da Fixa:
“O esgotamento do regime militar, imposto em 1964, tornar-se-á evidente em 1985, no bojo de um amplo movimento de redemocratização do continente.” (p. 385).
“As multidões que encheram as praças e ruas na campanha “Diretas Já” – e, então, sofrera o desencanto da manipulação no Congresso Nacional da rejeição da Emenda Dante de Oliveira – engajara-se, dessa feita, na campanha de Tancredo Neves como um substituto pela derrota anterior.” (p. 386).
“O jovem Partido dos Trabalhadores, o PT, fora um dos elementos centrais de mobilização popular na campanha das “Diretas”, sendo o responsável, em boa medida, pela incorporação ao debate político de amplos segmentos operários, tanto no campo como na cidade. Agora, dado o caráter conciliador de Tancredo Neves, sua posição centrista e seu conservadorismo pessoal, o PT considerava-se incapaz de apoiar a nova campanha”. (p. 386).
“O projeto de José Sarney, através da prévia partidária, deveria garantir um revigoramento partidário e um despertar de vocações no interior do partido que garantisse, agora, uma transição controlada para um regime constitucional e representativo de cunho conservador – sem os militares! A atuação de Paulo Maluf reafirmava, naquele momento, as práticas de corredor e de conchavo típicas do auge do autoritarismo, gerando o risco de fragmentação de ampla frente conservadora”. (p. 387).
“Tornava-se assim, absolutamente imprescindível uma ampla negociação entre oposição e a base governista autoritária quanto aos termos da transição em curso. Paulo Maluf era, neste momento, justa ou injustamente, acusado de simbolizar o pior do regime militar. Por sua vez, homens com forte inserção regional, reconstrutores de capitanias hereditárias, porém com legitimidade eleitoral, como o próprio Sarney ou Antônio Carlos