Brasil Em 2005
De acordo com os dados do IBGE, o índice de desemprego no Brasil, embora venha apresentando uma ligeira redução, ainda é bastante elevado. Nos últimos dez anos, de acordo com os dados da PNAD/IBGE 2005 (Brasil, 2006a), vem ocorrendo uma mudança acentuada na distribuição por sexo da população economicamente ativa (PEA). As mulheres que, em 1995, representavam 40,4% da PEA, em 2005 passaram a compor 43,6%.
A taxa de desocupação em 2005 atingia 9,3% da PEA. Na faixa etária de 18 a 24 anos, essa taxa foi ainda maior, atingindo 17,8% (Gráfico 1). Gráfico 1 - Taxa de desocupação das pessoas de 10 anos ou mais de idade, por sexo e grupos de idade. Brasil, 2005
Fonte: Brasil, 2006a. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais – 2006, do IBGE, no período em questão (1995-2005), a procura dos jovens por uma vaga no mercado de trabalho aumentou expressivamente. Nesse sentido, a elevada taxa de desocupação entre os jovens revela não somente um aumento da procura por trabalho, mas também uma baixa capacidade da economia de absorver essa mão-de-obra qualificada (com médias de anos de estudo próximas à da população adulta que era de 7,0 anos; no caso do grupo populacional de 18 a 24 anos a média é até maior, 8,7 anos), porém considerada pouco experiente (Brasil, 2006a).
O crescimento da formalização da mão-de-obra no período 1995-2005 foi de apenas 4,0 pontos percentuais, passando de 43,2% da população ocupada para 47,2%. O que pode ser considerado um nível significativamente baixo, levando-se em conta o quadro previdenciário brasileiro e o aumento da expectativa de vida da população.
Com relação ao rendimento-hora, a análise entre 1995 e 2005 revelou uma queda deste em todos os níveis de escolaridade, principalmente entre as pessoas ocupadas que tinham o ensino médio (redução de 31%), tendo-se iniciado uma retomada apenas em 2004. O rendimento da população ocupada também sofreu algumas mudanças neste período. Um aspecto se refere à distribuição da