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Serviços online desafiam bancos
Startups como o site Geru e o emissor de cartões Nubank oferecem serviços e produtos financeiros digitais, com juros e taxas menores, para atrair clientes para fora do sistema
Léa de Lucalluca@brasileconomico.com.br
Enquanto os grandes bancos lutam para mover suas pesadas estruturas rumo à digitalização, novos entrantes — empresas conhecidas como start ups, que recebem recursos de investidores para desenvolver projetos inovadores - vão silenciosamente ocupando essas lacunas no setor financeiro. Além de atender às demandas dos clientes por mais agilidade e experiências mais amigáveis,esses novos entrantes também acenam com taxas de empréstimos e tarifas mais baratas.
O site de empréstimos online Geru e o emissor de cartão de crédito Nubank são dois exemplos. Também o Banco Original,do grupo J&F - dono do frigorífico Friboi - decidiu adotar o modelo digital para se relançar no mercado. O Original é resultado da fusão do antigo Banco JBS com o Matone, e era especializado em crédito ao agronegócio.
O Nubank, um emissor de cartões de crédito Platinum da bandeira Mastercard surgiu exatamente para ocupar a lacuna que os bancos vem apenas tateando, dizem David Vélez, fundador e presidente do Nubank e Cristina Junqueira, co-fundadora e diretora. Sem revelar as taxas cobradas, Velez garante, contudo,que são bem menores do que as dos concorrentes: “Apesar de oferecer transparência e serviço de qualidade, não temos agências”, diz. As agências representam um custo fixo elevado que encarece a operação.
“Jovens com menos de 30 anos, que são a metade da população brasileira, tem hábitos diferentes e não querem nenhum relacionamento direto com banco, não gostam de ir a agências. Eles procuram uma experiência diferente e até agora não tinha essa oferta no Brasil”, explica Vélez.
O Nubank se define como 100% digital — mas o cartão de plástico é físico. O cliente baixa um aplicativo em seu