Brasil como potência regional na politica externa
Resumo
Extensão territorial, poder econômico e militar são três fatores que devem ser levados em conta para qualificar um país como potência e destacar sua posição na hierarquia entre Estados. Estes são os fatores que permitem a um Estado operar independentemente e influenciar outros Estados. Para assim, tornar-se hegemônico.
Para alcançar esse ponto, o Estado dever ser capaz de exercer pressão política, competência para obter parte do que poderia ser o resultado de um conflito sem a necessidade do mesmo. Também a paz interna se faz indispensável se o Estado pretende ser potência internacional. De acordo com Kart W. Deutsch, um país tanto mais terá condições de afirmar-se como potência quanto mais extenso for seu território e mais numerosa for sua população e recursos.
Com mais de 200 milhões de pessoas (censo de 2013), a extensão territorial do Brasil é de 8.514.215 km² e seu litoral é de 7.367km. Tem 15.735 km de fronteiras, sem litígio, com quase todos os países sul-americanos, com exceção de Equador e Chile. E dentro deste imenso território, seus recursos naturais são abundantes. Não sem razão, o Brasil é hoje uma potência mundial. Essa afirmação tem fundamento histórico, pois desde a segunda metade do século XIX, o Brasil configurou-se como potência regional. Exemplo disso é a Guerra do Paraguai, onde o país demonstrou seu poderio miliar, apesar de comprometer gravemente suas finanças.
A América do Sul na política exterior do Brasil
Com a intensificação do seu desenvolvimento industrial, nos anos 1950, o Brasil, cujos interesses se concentravam na Bacia da Prata, voltou-se mais e mais para os países da região amazônica (Bolívia, Equador, Venezuela etc.) que representavam, juntos, um grande mercado para as manufaturas e o comércio brasileiro.
O desenvolvimento da Amazônia dependia da cooperação com os países vizinhos, porquanto sete das dez