Brasil como foco dos investimentos estrangeiros e
Os investidores da zona do euro buscam compensar a estagnação econômica dos países desenvolvidos, os mais afetados pela crise, e a atual conjuntura política brasileira mostra-se favorável aos investimentos estrangeiros diretos (IED), por se apresentar mais estável em comparação a dos outros países dos Brics, que inclui ainda Rússia, Índia e China. O Brasil também não deixa de ser uma estratégia de diversificação de investimento em relação à China (um dos maiores alvos dos investidores nos últimos tempos), esboça uma grande perspectiva de crescimento para os próximos anos, além de contar com abundantes recursos naturais. Empresas europeias também visam participar de programas do governo brasileiro como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e aproveitar o boom imobiliário incentivado pelo Minha Casa, Minha Vida.
A influência do grande fluxo de IED na economia brasileira é o favorecimento das importações em relação às exportações, devido à valorização da moeda nacional frente ao dólar, impulsionando, assim, o consumo da população de produtos importados, o que pode desfavorecer a indústria nacional, pelo menos nos setores mais frágeis. O IED é importante para que o país possa financiar o déficit das contas externas, aprofundado com a ajuda do dólar barato, o que aumenta as importações e remessas das multinacionais às suas matrizes no exterior.
Para que o Brasil, no entanto, continue a atrair investimentos, ampliando a participação de estrangeiros em alguns setores e, consequentemente, mantenha o crescimento econômico progressivo, o governo nacional necessita atender as exigências dos investidores, dentre elas, marcos regulatórios mais flexíveis, reforma educacional para suprir a carência de profissionais qualificados para o mercado de trabalho e combate a corrupção.