Brasil colonial
Gilberto Freyre (2004), foi buscar como base em seus estudos os diários dos senhores de engenho que segundo Algranti (1997) era uma espécie de memorial referentes à compra e venda de certos bens e que certa forma descrevia alguns eventos familiares e acontecimentos do cotidiano. Freyre (2004) queria conhecer e entender a historia do homem brasileiro, como se deu a formação da família brasileira, nascida da sociedade patriarcal e escravocrata dos engenhos e de que maneira o encontro das três raças influenciou na constituição do povo brasileiro. Freyre (2004) menciona em seu livro que no Brasil os portugueses encontraram uma base para formação uma sociedade firmada na agricultura e na exploração do trabalho compulsivo de escravos, ou seja, tudo gerava em torno da casa grande, onde se formava uma hierarquia colonial entre senhores do engenho e escravos. Segundo Freyre (2004) A formação da Família brasileira deve – se ao fato de que para os portugueses, a mistura de raças e de culturas foi uma vantagem para sua melhor adaptação, sendo uma forma de povoar o território brasileiro. Nesse pensamento europeu de “povoação do território”, Algranti (1997) cita que de imediato as índias assumiram esse papel tanto do lar como de procriação, visto que não havia mulheres brancas nos primeiros momentos da colonização.
Segundo Vainfas, (1997) nesse período os colonos seduziam as mulheres indígenas em troca de cacos de espelho, panos coloridos e tudo que parecesse diferente aos olhos, convertendo nossas índias em meretrizes de fato, pois no imaginário do colono eram mulheres aptas a fornicação, mas tarde o objeto sexual que as índias apresentavam juntou – se como as mulatas, negras e caboclas que foram todas reduzidas a prostituição segundo o autor. Segundo Freyre (2004) na época da colonização, os filhos dos senhores de