Brasil Colonial

2695 palavras 11 páginas
Apenas recentemente a historiografia tem considerado a perspectiva do indígena perante a chegada dos portugueses ao continente americano. Tradicionalmente a história é contada do ponto de vista europeu. Isso nos leva a refletir sobre conceitos como “descobrimento” e “achamento”, que derivam de um eurocentrismo, ou seja, tem-se colocado a Europa como centro geográfico e histórico do mundo. Contudo, parece significar erroneamente que o continente estava encoberto, e foram os europeus que fizeram o trabalho de descobrir. Dessa forma, identifica que o esse processo teve somente um sujeito histórico – o europeu – fazendo parecer que os nativos da América estavam à espera de sua chegada.
Nossa história não deve ser contada a partir da chegada dos portugueses, e sim, partindo pelo simples fato que esse território estava habitado. Os moradores deste continente possuíam sua forma própria de trabalho, cultura e crenças. O contraste social e cultural foi algo inevitável e fundamental para a nação que conhecemos hoje. Essa premissa deve ser contextualizada e o fruto disso, é o simples fato, que a miscigenação dos cidadãos que hoje formam este país, começou com mescla entre brancos e índios, além das riquezas aqui encontradas e exploradas derivando de um conjunto de transformações até o movimento de independência.
Logo após o desembarque dos portugueses não houve a colonização do Brasil, pois não se fixaram na terra. Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil. Além da utilidade da madeira construção de navios, ela tinha um grande valor no mercado europeu, pois sua seiva, de cor avermelhada, era muito utilizada para tingir tecidos (FAUSTO, 2000, p. 42). Para executar esta exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, davam aos nativos materiais supérfluos, do qual estes não tinham conhecimento, em troca da extração e do trabalho de corte do pau-brasil.
O descobrimento desta

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