Brasil colonial historiografia
nas mãos dos senhores, a economia encontrava-se baseada por meio da escravidão. Mas o escravo
tinha a liberdade de aceitar ou recusar as regras desse jogo. No entanto na maioria das vezes era
complicado recusar todas, pois resultaria em fuga ou morte, o escravo dispunha de mil possibilidades
de aceita-las, porém moderando-as.
“Toda uma gama sutil de reações invenções, adaptações originais e repulsas disfarçadas
conseguira impor a paz social no conjunto do Brasil escravista. Para que tal ocorra basta deixar ao
negro certo tempo para adaptar-se, é suficiente que senhores e escravos vivam bastante tempo juntos
para que este último crie seus próprios refúgios e aprenda o espaço físico no qual se pode
movimentar e as liberdades pessoais de que pode gozar’’. Semelhante a Gilberto Freyre.
Se o negro integra bem a escravidão pode oferecer outras riquezas e ganhos libertadores. O
senhor sabe que alguns negros são hostis, rudes, triste e permaneceram assim até a morte. Mas a
maioria com o passar do tempo se tornarão capazes, inteligentes e adotarão modos civilizados.
Os contatos sociais no Brasil no XVII, XVIII e XIX são pluralistas. Algumas vezes o
relacionamento entre um escravo e seu senhor é mais ‘’amistoso’’ do que entre escravos ou homens
livres. ‘’O escravo tem fome de solidariedade’’. Os escravos faziam parte da família, o privilegio não
era restrito somente aos domésticos.
Os senhores brasileiros não tinham interesses em ver o escravo casado, apesar da exortação da
igreja. A escolha da companheira do escravo era feita pelo seu senhor, isso implica que muitas vezes
o escravo não casava por vontade. Muitas mulheres também optavam pelo aborto, era evitar a
escravidão do filho. Para o escravo a vida sexual corresponde apenas a necessidades físicas. Os
dormitórios eram separados entre homens e