Brasil - Alcool e direção
O Brasil sofre com o comportamento de alguns motoristas que relacionam consumo de bebida alcoólica e direção veicular. Analisando os calamitosos números estatísticos, é notável que a última e teoricamente mais rígida medida contra essa maléfica conduta, a Lei seca, não está restringindo o efeito alcoólico nos condutores, contribuindo com os acidentes de trânsito.
Dados revelam que dentro do território brasileiro, um acidente ocorre a cada 30 segundos, e do número total de ocorrências 70% estão diretamente ligados ao efeito do álcool no corpo. Esse ambiente desordenado dá-se principalmente pelo insucesso da Lei seca, que até possui intenção louvável, mas não funciona como deveria devido à baixíssima fiscalização em horários estratégicos; pelo direito do condutor em recusar-se a realizar o teste do bafômetro (ação garantida pela constituição) que é imprescindível na abordagem de motoristas ébrios e com a impunidade da própria lei que apenas faz o condutor arcar com uma mera multa e possível suspensão da carteira de habilitação por doze meses, um período relativamente curto para alguém que coloca a própria vida e de outras pessoas em risco mortal.
Possuir limite horário para vender bebidas alcoólicas, transporte público de qualidade e vitalício, cassar em definitivo a carteira de habilitação de quem bebe e em seguida dirige, além de conscientizar melhor a população, são medidas de países como Canadá e Estados Unidos, que o Brasil poderia se espelhar para melhorar.
De fato o Brasil possui um grave problema com seus automóveis em circulação civil. E aparentemente o Estado, que define as leis e procura organizar a sociedade para viver de maneira igualitária e justa é negligente e não demonstra interesse suficiente para reverter o panorama atual.