BRACHIARIA DECUMBENS
INTRODUÇÃO
A Brachiaria decumbens Stapf é originária da Região dos Grandes Lagos em Uganda (África). Essa gramínea foi introduzida no Brasil em 1960, onde se adaptou muito bem, principalmente nas áreas dos cerrados. A espécie é vigorosa e perene. É resistente à seca, adaptando-se bem em regiões tropicais úmidas. É pouco tolerante ao frio e cresce bem em diversos tipos de solo, porém, requer boa drenagem e condições de média fertilidade, vegetando bem em terrenos arenosos e argilosos. Os melhores resultados são obtidos quando se usam 2 a 5 kg de sementes puras e viáveis (1 kg de sementes tem cerca de 220.000 a 225.000 sementes) por hectare.
Tolera tratamento de pré-emergência, com atrazina, usando-se 2,5 kg/ha do produto com diluição de 80%, com resultado muito bom no controle a invasoras.
Apresenta queda de produção quando cultivada em solos de baixa fertilidade, por isso, recomenda-se consorciá-la com leguminosas. Adapta-se bem na faixa de Latitude de 27° N e S. Altitude desde o nível do mar até 1.750 m. A temperatura ótima para seu crescimento é de 30 a 35°C. Floresce em qualquer lugar nos dias longos do ano.
Quanto a intoxicação, são necessários mais estudos para elucidar o papel das saponinas, na foto sensibilização hepatógena em bovinos a pasto e sua possível interação com Pytomices chatarum e outros fungos (endófitos) que podem estar presentes na B. decumbens e outras espécies de Brachiaria. Mesmo se a foto sensibilização em ruminantes e cavalos não é causada primariamente pelo P. chatarum, a presença de esporos de fungo pode exacerbar a toxidez (Smith e Miles, 1993).
CARACTERÍSTICAS
Nome científico: Brachiaria decumbens Stapf cv Comum
Origem: Grandes Lagos na Uganda /África
Ciclo vegetativo: perene
Forma de crescimento: touceira decumbente
Altura da planta: crescimento livre até 1,0 m
Formas de uso: pastejo e eventualmente produção de feno.
Digestibilidade: satisfatória