Bovina: confinamento vs pastoreio
Posted by agromundo
A produção de carne bovina caminha na direção da diversificação e da oferta de produtos de melhor qualidade e com valor agregado. Isso se deve ao estreitamento do mercado e ao fato de os consumidores estarem mais conscientes, em relação à própria saúde, considerando os aspectos sanitários e especialmente, fatores como a presença de elevado teor de gordura. Hoje as gorduras são consideradas como o vilão em muitas doenças, mas a realidade é que assim como para outros nutrientes o que faz mal para a saúde é o excesso de gordura na dieta. As gorduras são uma fonte concentrada de energia. Os principais constituintes das gorduras são os triglicerídeos, que contêm uma variedade de ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poliinsaturados os quais também ajudam no transporte das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), e são fonte de energia e isolamento para o corpo humano. Um aspecto importante da gordura animal é que esta é uma fonte importante dos ácidos graxos essenciais: ácido linoleico (18:2) e o ácido linolênico (18:3); vitais para manter a homeostase do organismo assim como também para sintetizar outros ácidos graxos essenciais como o acido docosaexaenóico (DHA) e o eicosapentaenóico (EPA).
No Brasil aproximadamente o 90% dos bovinos terminados são criados em condições de pastagem e se calcula que cerca de 10% são terminados em confinamento, porem devido ao mercado crescente no cenário mundial da carne, ao poder competitivo do Brasil frente aos demais países produtores, e ao aumento do poder aquisitivo do consumidor externo e interno, a tendência futura do confinamento é aumentar, em todas as regiões do país. Em contrapartida uma das vantagens que o Brasil apresenta quando comercializa a carne bovina é a certidão de que os bovinos são criados em condições de pastoreio. Porem com a intensificação do confinamento essa característica deixara de ser uma vantagem para a comercialização dessas carnes. A carne