Boutique do peixe
Cabo Verde por ser um país arquipelâgico, cercado pelo mar, dotado de uma fauna marítima rica em diversidade de espécie, é natural que o peixe constitua um dos principais alimentos presentes na cadeia alimentar da sua população. Embora não existem dados estatísticos institucionais que comprovem o nível de consumo per capita do peixe em Cabo Verde, é quase evidente concluirmos de forma empírica que o peixe é seguramente o alimento mais consumido pelos cabo-verdianos, sobretudo pela classe social mais pobre. Mesmo no seio da classe média e média-alta, há cada vez maior tendência de consumo de peixe e de sua introdução na dieta alimentar familiar, facto que está associado ao culto de novos hábitos de alimentação saudável e equilibrada. Como se sabe, o peixe é um alimento rico em proteínas e ômega-3, nutrientes indispensáveis para organismo humano, nomeadamente na prevenção de doenças cardiovasculares e arteriosclerose. Entretanto, não obstante a este consumo massivo do peixe, a verdade é que a forma da sua comercialização e colocação no mercado do consumidor está ainda muita àquem do desejável e daquilo que são as exigências e normas de higiene e qualidade, não apenas por aqueles a quem designamos de “peixeiras” mas também por certos estabelecimentos municipais e supermercados. O resultado do estudo que fizemos junto de uma determinada “amostra” do nosso público-alvo (população residente no Bairro do Palmarejo), revelou-nos que a maioria dos entrevistados adquirem peixes nas “peixeiras ambulantes” por falta de alternativa na proximidade, mas não se sentem suficientemente seguros no momento da compra, quanto ao estado de conservação e higiene dos pescados. Os que adquirem peixes nas peixarias municipais queixam-se regularmente do cheiro pouco agradável do estabelecimento e da falta de tranquilidade na compra.
Ora, é com base nestes e noutros constrangimentos detetados que emergiu esta ideia de implementar um novo