Bourdieu e a educação
Esta obra abrange e é bem fundamentada, teórica e empiricamente, para o problema das desigualdades escolares. Essa resposta tornou-se um marco na história, não apenas da Sociologia da Educação, mas do pensamento e da prática educacional em todo o mundo.
Os autores do livro Bourdieu e a educação, objetivam nesse texto apresentar a sociologia de Bourdieu com seus elementos centrais, o interesse dele em explicar a ordem social e, além disso, faz uma análise da crítica de Bourdieu em relação às perspectivas subjetivas e objetivas propondo uma teoria no conceito de habitus. Bourdieu argumenta que é possível conhecer o mundo social de três formas, sendo elas femenológica, objetivista e praxiológica. Sendo que a primeira forma representa o que não se pode quantificar, medir tal como os valores, os sentimentos e as emoções. A segunda forma, a objetivista, ao contrário da fenomenológica, propaga as verdades absolutas, as leis imutáveis, refere-se a tudo que pode ser mensurado, testado e comprovado afim de encontrar a padronização no qual deve servir para todos.
O conhecimento paradoxiológco é uma alternativa, segundo Bourdieu, capaz de solucionar as problemáticas do subjetivismo e do objetivismo, sendo esta última forma a superação dos dois ao tentar uní-los ao relacioná-los. Bourdieu conceitua habitus como o sistema de disposições duráveis estruturáveis.
Valores incorporados
O livro A Reprodução (1970), escrito em parceria com Jean-Claude Passeron, analisou o funcionamento do sistema escolar francês e concluiu que, em vez de ter uma função transformadora, ele reproduz e reforça as desigualdades sociais. Quando a criança começa sua aprendizagem formal, segundo os autores, é recebida num ambiente marcado pelo caráter de classe, desde a organização pedagógica até o modo como prepara o futuro dos alunos.
Para construir sua teoria, Bourdieu criou uma série de conceitos, como habitus e capital cultural. Todos partem de uma tentativa de