Bourdieu e os sistemas reprodutores
FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE ITAPIPOCA – FACEDI
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PROFESSOR: VALRICÉLIO LINHARES
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO II
TIAGO PEREIRA BRAGA
Síntese do texto: “ Bourdieu e os esquemas reprodutores ”.
Itapipoca - CE
Julho de 2014 Partindo do pensamento durkheiminiano, levando a cabo a ambição de unificar as ciências humanas em torno da sociologia, Bourdieu introduziu uma síntese entre o pensamento de Durkheim e o estruturalismo; os dois transformaram em metodologias essa linha de pensamento, que são fundamentais para a construção de uma sociologia da educação muito influente ao longo do século XX. Segundo Bourdieu, os agentes sociais, mesmo aqueles que pensam estar liberados das determinações sociais, são na verdade movidos por, digamos assim, forças ocultas, que os estimulam a agir, mesmo que não tenham consciência disso. O que chamamos de ação, para ele, é na verdade o processo pelo qual as estruturas se reproduzem. O sujeito está simplesmente submetido aos desígnios da sociedade, faz o que suas estruturas determinam, não sabe disso e ainda é iludido pelos discursos dominantes, que o fazem pensar que sua ação é resultante de vontade própria. Vemos então, uma versão mais radical do modelo de Durkheim, onde, o sujeito de fato não existe. Os herdeiros, um de seus livros, Bourdieu e Passeron atacam o discurso dominante segundo o qual a conquista de uma “escola para todos”, de caráter igualitário, tornaria possível a realização das potencialidades humanas. Para eles, encobertos sob a aparência de critérios puramente escolares, estão os critérios sociais de triagem e seleção dos indivíduos para ocupar determinados postos na vida. Aqui, a ação pedagógica é, portanto, uma “violência simbólica” porque impõe, por um poder arbitrário, um determinado arbitrário cultural. Esta imposição, porém, não aparece jamais em sua verdade inteira e a pedagogia nunca se realiza enquanto pedagogia, pois