Boudieu
Segundo o ensaio de Bourdieu sobre os usos sociais da ciência, me deparo a pensar as novas formas de reflexão sobre a ciência que vão além de formas convencionais.
Boudieu estabelece a noção de campo, como ponto de partida para orientar os usos sociais da ciência, distingue as interpretações em internalistas e externalistas. Partido disso, entendo que, para compreender a produção científica e cultural devemos nos referir ao contexto social e suas relações, não pautando apenas em seu conteúdo textual, mas em sua relação com o cenário e com a prática social. Ou seja, a noção de campo está relacionada diretamente a seu “microcosmos” e suas leis próprias.
Partido disso, noto que o espaço científico está sujeito a vários tipos de demandas, como por exemplo, políticos-econômicas, relações de poder exercida pelo agentes que se encontram, gerando dessa forma, um capital científico que consiste em reconhecimento a um conjunto de fatores no interior do campo cinetífico. Contudo a produção de capital científico determina a estrutura, e essa é determinada pela distribuição do próprio capital, caracterizado pela atuação de indivíduos ou instituições que direcionam os rumos das pesquisas científicas.
Entendi que a ciência está em um eterno debate ou disputa de ideias e práticas concorrentes que os agentes lutam para impor suas visões e classificações do mundo social, em que as pesquisas sofrem um infinidade de forças tendenciosas, com opor exemplo as influências políticas ou econômicas no desenvolvimento das pesquisas. Dessa forma o autor explana que quanto mais autônomo for o campo científico menos ele sofre influência das leis sociais externas que o autor chama de “erro do curto-circuito” ou o “grande programa”.
De acordo com o autor, os campos são lugar de duas formas de poder que correspondem a dois tipos de capital científico o político ou temporal, o