Botânica médica
Segundo Anesi, 1919 entre os mais famosos e completos compêndios utilizados na época encontram-se os do médico e comendador Joaquim Monteiro Caminhoá (1836-1896): “Curso de Botânica Popular" em dez volumes e o “Elementos de botânica geral e médica" com 1.500 estampas, intercaladas no texto, obra premiada pelo Governo Imperial. (Rio de Janeiro, 1877), seu estudo “Das plantas tóxicas do Brazil”. (1871) que foi sua tese para Concurso para a cadeira de botânica médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e o “Relatório sobre os jardins botânicos”, resultado de visitas sistemáticas à vários jardins e hortos científicos europeus para o Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas em 1873, além de monografias sobre plantas específicas como o Jaborandy (Pilocarpus microphyllus) e florestas de Quinas (Cinchona) como estratégia de obtenção de medicação para combater o “impaludismo” (Malária) 2
O Brasil não fugia à regra quanto à produção de formulações medicamentosas descritas mos compêndios e farmacopéias do país. Em Portugal as farmacopéias publicadas no séc. XVIII já traziam formulações contendo plantas brasileiras mas o ensino da botânica no Brasil praticamente iniciou-se em 1814 com a criação de ensino específico na Escola Anatômica Médico Cirúrgica no Rio de Janeiro mantendo-se as aulas práticas no horto botânico do Passeio Público. 3
Na década de 1830 foram criados os primeiros cursos de farmácia na Bahia, Rio de Janeiro e Ouro Preto mas a disciplina