Borboletas na Mata Atlântica
A degradação da Mata Atlântica resultou em um acelerado processo de redução de populações e perda de espécies, fazendo deste o bioma com maior concentração de espécies ameaçadas (Ministério do Meio Ambiente - MMA, 2003 apud FREITAS et al., 2011). Alguns insetos como as borboletas, libélulas e besouros são coletados e criados há mais de 200 anos para o uso em artesanato, o que levou a uma exploração intensa de algumas espécies (FREITAS et al., 2011), porém a principal ameaça de extinção dos lepidópteros continua sendo a destruição de seus habitats (DRUMMOND, 2008). Em meio a grande diversidade de seres vivos que habitam a Mata Atlântica, são encontrados milhares de espécies de borboletas. Estes animais são insetos da classe Insecta e da ordem Lepidóptera, a segunda maior ordem animal com aproximadamente 150.000 espécies (SOUSA, n.d.), formada não só por borboletas como, também, por mariposas, que exercem um importante papel ecológico, ajudando a manter a vida neste bioma. Por exemplo, a polinização realizada pelas borboletas ao se alimentarem, contribui para a reprodução sexuada e cruzada de suas plantas hospedeiras (FREITAS et al., 2011).
As borboletas que ocorrem no Brasil se encontram agrupadas em seis famílias: Hesperiidae, Lycaenidae, Nymphalidae, Papilionidae, Pieridae e Riodinidae (SILVA, 2008), totalizando, aproximadamente, 3.500 espécies de borboletas; 2/3 delas vivendo na Mata Atlântica, sendo que muitas espécies são endêmicas (UEHARA-PRADO et al., 2004). Cerca de 1.538 espécies de borboletas haviam sido registradas para o estado de São Paulo e esse número continua aumentando lentamente, à medida que novas espécies são descobertas (UEHARA-PRADO et al., 2004).
Os lepidópteros são insetos com metamorfose completa com quatro estágios de desenvolvimento: ovo, larva (ou lagarta), pupa (ou crisálida) e adulto (ou imago). Estes insetos, quando lagartas, se alimentam de material vegetal, tais como as folhas, flores, ramos e