BOOK CHAPTER VIRUS BACT
Prof. Fernando da Silva Rocha
1-Introdução
Os vírus são nucleoproteínas que se multiplicam apenas em células vivas e possuem habilidade de causar doença. Estes agentes de doenças são considerados um dos mais simples em termos de composição e estrutura, em comparação com a organização complexa das células e dos demais patógenos. Por esse motivo, não são definidos como um organismo vivo, mas são considerados seres vivos. Alguns vírus infectam plantas, humanos, animais ou ambos e causam doenças como influenza, poliomielite, hepatite, hidrofobia (raiva), AIDS (acquired immunodeficiency syndrome); outros infectam microorganismos como fungos e bactérias. Existem mais de 2.000 mil vírus conhecidos, sendo que aproximadamente a métade infectam as plantas. Um fitovírus pode infectar apenas uma ou diferentes espécies de plantas e cada planta pode ser hospedeira de diferentes tipos de vírus, podendo algumas vezes ser infectada por vários vírus ao mesmo tempo.
Os primeiros registros de doenças viróticas em plantas foram obtidos através de quadros de pintores europeus que retrataram plantas de tulipas com sintomas de variegação. Posteriormente, foram identificados como doenças causadas por vírus por Clusius em 1576 na Holanda, bem como sua forma de trasmissão em plantas. No final do secúlo 19, período em que iniciou os estudos com os vírus, suas características bioquímicas e estruturais permaneceram desconhecidas por décadas devido as dificuldades tecnológicas disponível na época. Em 1892 Iwanowski, trabalhando com o mosaico do fumo, provou que suco de plantas doentes permanecia infectivo depois da passagem pelo filtro bacteriológico. Deste período até por volta de 1920, os critérios usados para classificar uma doença como sendo de natureza virótica baseiava-se na sua filtrabilidade através do filtro bacteriológico, sua invisibilidade ao microscópio composto e impossibilidade de cultivo in vitro. A partir de então, com os avanços em