Bomfin
A devoção ao Nosso Senhor do Bonfim começa ainda nas terras Lusitanas. E é trazida ao Brasil por Teodózio Rodrigues de Faria – capitão de mar e guerra da Marinha portuguesa. Uma forte tempestade, seguida de um naufrágio quase leva à morte o capitão português. E é diante do desespero que ele faz uma promessa ao Senhor do Bonfim: se chegasse vivo a Portugal, traria uma imagem do santo e a sua devoção para a colônia.
Assim começa a historia da fé ao Senhor do Bonfim em Salvador. Em 1745, na semana de páscoa, a imagem esculpida em cedro chega a capital e é colocada na igreja de Nossa Senhora da Penha da França, no bairro de Itapagipe. As associações de fiéis comandadas por Teodózio Rodrigues começam a se formar logo que a imagem chega ao país. E esse número aumenta gradativamente à medida que diversos milagres acontecem. A idéia da construção de uma igreja para o Senhor do Bonfim também cresce na proporção dos milagres, romarias e doações feitas.
A Igreja do Senhor do Bonfim teve sua construção concluída em 1754. A imagem do Nosso Senhor do Bonfim chega na Colina Sagrada no morro de Monte Serrat em procissão. Um dos locais mais altos de Salvador e com vista para a Baia de Todos os Santos é até hoje a moradia a imagem trazida no século XVIII.
A comemoração ao Senhor do Bonfim é feita na primeira quinta-feira depois do dia de Reis. O percurso da festa vai da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia até o Bonfim. A festa começa de manhã e se estende tarde adentro com os agradecimentos e toda a fé que os baianos tem pelo Santo. Além de ser uma das comemorações religiosas católicas mais antigas em Salvador, o lado profano da festa não falta com barracas de bebidas e comidas típicas. Até o ano de 1998, mini-trios elétricos participavam do cortejo. Mas para preservar as tradições religiosas da festa a Prefeitura Municipal e a Arquidiocese de Salvador, vetaram essa participação.
Fé e devoção em forma de fita – As tão famosas “fitinhas do