Bombril
O sistema capitalista através da mídia e de outros recursos procura transformar “o diferente” (minoria) em “o igual” (maioria). Quanto mais pessoa agirem de forma massificada, mais se pode vender o que está na moda, formando uma sociedade de consumo. A mercadoria passa a ter vida própria indo da fábrica à loja, da loja a casa, como se caminhasse sobre seus próprios pés. No modo de produção capitalista os homens realmente são transformados em coisas e as coisas são realmente transformadas em “gente”.
A propaganda induz o telespectador que “Fazer sucesso tendo um concorrente como Confort (marca líder), não é fácil”, mostrando mais uma forma ideológica da propaganda e alienação do telespectador, pois o ator utiliza o Confort (mercadoria que já se transformou em “gente”), para quantificar a qualidade do Mon Bijou.
O ator chega a compará-los, quando diz: “Ta certo que Mon Bijou tem dois perfumes e o outro tem um só, mas isso nem conta tanto. Ta certo que Mon Bijou é da Bombril, tem eu na propaganda modéstia a parte, mas o mérito é dele [...]”. Transmitindo ao telespectador mais um diferencial da marca concorrente e também deixa claro que é do fabricante Bombril (marca já renomada no mercado), como se isso não fosse importante para despertar o interesse no telespectador. Ele enfatiza que o mérito é TODO do produto, afirmando “[...] ele é bom mesmo”.
Após escancarar as supostas vantagens em adquirir o produto, faz um breve diálogo com as marcas, como se fossem seres sociais:
“Parabéns Mon Bijou, você é