bom professor faz a diferença

OEstado de S.Paulo
Bom professor faz a diferença das universidades
Projeto pedagógico também conta no desempenho do aluno, mostra estudo do Inep
MARTA AVANCINI
O desempenho dos alunos no Exame Nacional de Cursos (Provão) está relacionado com a qualificação do corpo docente e com o projeto pedagógico.
É o que mostra um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) – órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo exame - com base nos resultados de 2000. Em administração, 75% dos cursos que receberam A no Provão foram classificados com conceitos bom ou muito bom no item corpo docente da Avaliação das Condições de Oferta, também coordenada pelo MEC.
Em contrapartida, 77% dos cursos de administração que tiveram o corpo docente mal-avaliado ficaram com E no Provão. Esse comportamento repete-se para o item projeto pedagógico: 78% dos cursos que receberam A têm conceito A no Provão e 79% dos cursos cujo projeto pedagógico foi considerado ruim ficaram com E no exame.
O quadro é o mesmo em engenharia civil, engenharia química, matemática, engenharia elétrica e medicina. Entre os cursos de engenharia civil que receberam A, 77% têm uma equipe de professores classificada como muito boa pelo MEC. Já no grupo dos cursos que receberam conceito E, a maioria (57%) tem professores com grau de formação considerado insuficiente - ou seja, não têm mestrado nem doutorado.
Na avaliação do Inep, o resultado significa que professores bem qualificados e currículo organizado são mais importantes para o aprendizado do aluno do que a infra-estrutura. O professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Veronesi, concorda com essa teoria. Para ele, um bom docente é capaz de compensar a falta de estruturais. "A dedicação e a experiência influem muito."
A coordenadora de fisioterapia da Faculdade Ítalo-Brasileira e professora da Faculdade Anhembi-Morumbi, Normian de Oliveira Loureiro, afirma que a formação acadêmica do professor é