Bolsa Fam Lia Ou Bolsa Esmola
Tido como um exemplo de administração levado para todo o mundo, o Bolsa Família é um dos maiores programas sociais do Brasil. O mesmo tem como objetivo elevar a população de baixa renda acima da linha de pobreza, sendo um programa de transferência direta e com condicionalidades (seu valor depende da renda de cada pessoa da família, por exemplo), beneficia famílias em situações de pobreza com a finalidade de reduzir a desigualdade social contribuindo para a queda da pobreza extrema.
Além do complemento da renda familiar, o programa também incentiva a escolaridade infantil, que é uma das condições impostas pelo benefício, bem como a vacinação em dia e os cuidados de pré-natal, em caso de gestantes, aumentando assim os cuidados com a saúde e diminuindo a mortalidade infantil.
Podemos dizer que o Bolsa Família restaurou a dignidade do brasileiro. Lembro-me bem que, ao ser lançado no Brasil, há mais ou menos uma década atrás, teve uma série de contrariedades e repulsão por parte de diversas classes sociais, apelidado de “Bolsa esmola” entre outras, o programa foi submetido a muitos questionamentos, mitos e preconceitos, hoje esquecidos pela maioria, mas ainda paira, em determinadas classes, a ideia de que o Bolsa Família, na verdade é uma maneira de ofender a dignidade do pobre, ou “ex pobre”, já que o programa supre as necessidades básicas do cidadão brasileiro, tirando o beneficiário da linha de pobreza. Hoje, estudos revelam que, pelo menos 50 milhões de pessoas passaram a viver com dignidade.
No início do programa ouvia-se muito o “não dê o peixe, ensine-os a pescar”. Não creio que o Bolsa Família seja o peixe, mas a vara de pescar. Quando se fala de resgate de dignidade, não falamos apenas no prato de comida que se compra com o benefício. Fala-se principalmente da opção que o pai de família tem de não fazer qualquer coisa para garantir o sustento de sua família, agora com esse direito garantido, ele pode negociar se quer ou não