bolha economica imobiliaria
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MACROECONOMIA 2014/1
ALUNA:
PELOTAS
2014
Resumo:
A bolha estourou
Pouco antes de receber o premio Nobel de economia, no ano passado, o americano Robert Shiller fez uma viagem a São Paulo. Shiller ganhou fama internacional como uma espécie de caçador de bolhas — aquele fenômeno financeiro marcado por preços que descolam da realidade para depois cair subitamente. No fim da década de 90. Ele escreveu que a obsessão do mercado americano por ações de empresas de tecnologia acabaria mal. Acertou em cheio. Uma década depois, demonstrou que o preço dos imóveis nos Estados Unidos estava beirando a loucura e despencaria logo. Shiller, que estuda o mercado imobiliário americano há décadas, acertou de novo. Pois, em sua visita a São Paulo, ele analisou o que estava acontecendo com os imóveis no Brasil. Como qualquer brasileiro sabe, faz quase (...) Só havia edifícios acanhados, como Vitória e Recife, passaram a receber empreendimentos modernos. Um marco da oba-oba nesse segmento é o megaprojeto de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro. Animadas pelas obras de reurbanização prometidas pelo governo, incorporadoras nacionais e estrangeiras disseram que lançariam um milhão de metros quadrados de escritórios na região, o que corresponde a dois terços da disponibilidade atual de imóveis comerciais em toda a cidade. Só o bilionário americano Donald Trompa se comprometeu a erguer cinco torres de 38 andares ali. A promessa, em todos os casos, foi à mesma. O crescimento da economia e a chegada de novas empresas multiplicariam a demanda por áreas de escritórios. Quem não aproveitasse para construir perderia a maior oportunidade da história no Brasil. Deu-se o mesmo nos dois outros principais segmentos do mercado imobiliário comercial — os shoppings e os galpões.