Boletim da Tuberculose
Epidemiológico
Volume 44
N° 02 - 2014
Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde
O controle da tuberculose no Brasil: avanços, inovações e desafios
Introdução
A tuberculose ainda é um sério problema de
Saúde Pública e demonstra relação direta com a pobreza. Está associada com a exclusão social e a marginalização de parte da população submetida a más condições de vida, como moradia precária, desnutrição e dificuldade de acesso aos serviços e bens públicos. Assim, a tuberculose configurase como uma das principais doenças a serem enfrentadas no Brasil e no mundo.
O objetivo deste Boletim é evidenciar as principais atividades desenvolvidas no Brasil que visam assegurar maior acesso e qualidade dos serviços prestados para o paciente com tuberculose. Essas atividades estão divididas em blocos de ações prioritárias para o Programa
Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT).
Além disso, serão apresentados os indicadores epidemiológicos e operacionais utilizados para monitorar as atividades descritas. Os indicadores operacionais e aqueles relacionados à morbidade foram construídos a partir da consolidação das bases de dados do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (Sinan) enviadas pelos
Programas Estaduais de Controle da Tuberculose.
Os indicadores relacionados à mortalidade foram obtidos por meio da base de dados nacional do Sistema de Informações sobre Mortalidade
(SIM) e os dados populacionais do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Tuberculose no mundo e no Brasil
No plano internacional, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) aponta que 22 países concentram cerca de 80,0% dos casos de tuberculose. O Brasil faz parte desse grupo, ocupando a 16a posição em número absoluto de casos; por sua vez, Índia, China e África do Sul são os países com maior carga da doença. Ao ser considerado o coeficiente de incidência, o Brasil ocupa a 22ª posição entre esses países.1