Boletim 100
Recomendações de Adubação e Calagem para o Estado de São Paulo
Bernardo van Raij
Heitor Cantarella
José Antônio Quaggio
Ângela Maria Cangiani Furlani
1. INTRODUÇÃO
Nesta Segunda Edição do Boletim Técnico Nº 100, a base de análise de solo para calagem e macronutrientes continua sendo a mesma da Primeira
Edição. As determinações básicas são a matéria orgânica, o pH em cloreto de cálcio, o fósforo extraído do solo com resina trocadora de íons, os teores trocáveis de cálcio, magnésio e potássio e a acidez total a pH 7. Os valores calculados são a soma de bases, a capacidade de troca de cátions e a saturação por bases. A recomendação de calagem passou a ser feita visando a elevação da saturação por bases dos solos a valores variáveis por culturas.
O uso da análise de solo é ampliado nesta publicação, incluindo-se as determinações de enxofre, boro, cobre, ferro, manganês e zinco, para amostras da camada arável do solo, e argila e alumínio trocável para amostras do subsolo.
Além disso, passa a ser usada a análise foliar para muitas culturas, incluindo todos os macronutrientes e os micronutrientes boro, cobre, ferro, manganês e zinco. Todos os resultados de análises de solo e de plantas apresentam-se no
Sistema lnternacional de Unidades. No caso de corretivos e fertilizantes isso ainda não é possível e as recomendações são dadas nos moldes antigos. Apenas nos capítulos mais gerais avança-se um pouco em indicar conteúdos e cálculos para corretivos e fertilizantes com base no Sistema Internacional de Unidades.
A produtividade esperada é introduzida como um importante critério nas recomendações de adubação. Para o nitrogênio ainda não se usa a análise de solo, mas a previsão de respostas esperadas ao nutriente é feita para diversas culturas anuais, com base no histórico de uso anterior da gleba; para algumas culturas perenes, a resposta a nitrogênio é inferida pelo teor foliar. Para