boca do inferno
1 capítulo Nesse início do capítulo retratamos Gregório de Matos, falando sua opinião sobre a cidade assim dizendo que ela não tinha mais respeito como antigamente. Também retratamos da rotina que o governador Antônio de Souza fazia diariamente de manhã ao ir para a igreja dos jesuítas para se confessar. Antônio de Souza gostava de se confessar para o seu padre particular, mas considerava os jesuítas mais experientes para a preparação religiosa e muitas vezes, ao se ajoelhar ficava imaginando que quem estava inquirindo seus pecados era o Padre Antônio Vieira. Naquele momento muitas pessoas que passavam ali eram negros, escravos ou mestiços trabalhadores. Nesse meio tempo Gregório de Matos observava o governador passando entre pessoas obscuras, que não tinham o que comer,ambiciosos,aventureiros,desonestos e pessoas sem esperanças que chegavam pobres e poderiam sair ricos. Eram também persas, agores, armênios, gregos, infiéis, judeus e assírios. A todos esses a cidade dava entrada. Mas de noite essa história mudava, aqueles mesmos frequentadores de missas, frequentavam de noite magias e feitiços, deliravam, parecendo até que o demônio os tinha possuído e depois, quando iam na igreja, escondiam dos padres. Quando começava as missas os escravos ficavam do lado de fora, as escravas,