boca de lobo
O descaso da população em geral, e a ocupação desordenada das cidades comprometem os fatores ambientais, que consequentemente causam transtornos urbanos. É comum o lançamento de resíduos industriais, esgotos sanitários, e lixos em geral, nos canais que cortam as cidades. A pavimentação e as construções nas cidades tornam menor a possibilidade de infiltração das águas da chuva no solo, ou seja, impermeabiliza o solo, dificultando assim, a formação do ciclo das águas das chuvas, tornando os canais saturados e ocasionando enchentes (PORTO et al., 2002).
Segundo Canholi (2015), a drenagem urbana é o conjunto de medidas que tenham como objetivo minimizar os riscos que a população está sujeita e diminuir os prejuízos causados por inundações e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmônica, articulada e sustentável. Ou seja, a drenagem nada mais é do que o gerenciamento da água da chuva que escoa no meio urbano.
Vista como um subsistema do ambiente urbano, além da necessária interação com os demais subsistemas, a drenagem urbana deve ser concebida com o respaldo de medidas não estruturais como forma de torná-la mais consistente e abrangente. Constam do elenco de medidas não estruturais a implementação de um plano diretor de drenagem urbana, as leis de uso e ocupação do solo, os investimentos em campanhas educacionais e, também, em pesquisas para a busca de novos conhecimentos e tecnologias que permitam o aprimoramento técnico e econômico das soluções adotadas para este subsistema (TUCCIO, 2012).
De acordo com Fernandes (2002), o subsistema de drenagem urbana compõe-se de duas partes distintas que se complementam: a microdrenagem e a macrodrenagem.
Por microdrenagem pode-se entender o sistema de condutos construídos destinados a receber e conduzir as águas das chuvas vindas das construções, lotes, ruas, praças, etc. em uma área urbana, a microdrenagem é essencialmente definida pelo traçado das ruas. Já a macrodrenagem destina-se ao escoamento