Bobina Solenóide
Solenóide ou cilindro electrodinâmico foi a designação dada por Ampère a um sistema por si idealizado, composto por um conjunto de correntes circulares infinitamente pequenas e infinitamente próximas umas das outras. Estas correntes deveriam ter o mesmo sentido, encontrando-se cada uma delas num plano perpendicular a uma linha comum, podendo esta ser recta ou curva. Este modelo teórico proposto por Ampère permitiu explicar as propriedades magnéticas dos ímans, com base nas correntes circulares das suas moléculas: um íman não seria mais do que um feixe de minúsculos solenóides justapostos longitudinalmente.
O termo solenóide passou então a designar um qualquer instrumento constituído por um fio metálico condutor, enrolado em hélice com um determinado número de espiras circulares, todas com a mesma área e percorridas pela mesma corrente eléctrica. Dentro do solenóide os campos magnéticos produzidos pelas espiras reforçam-se enquanto por fora se verifica o oposto.
As linhas de indução magnética do solenóide são semelhantes às linhas de um íman cilíndrico. Um solenóide muito comprido produz linhas de indução quase paralelas no seu interior, pelo que, neste caso, pode aplicar-se a Lei de Ampère para calcular o campo magnético produzido.5
Em 1819, o físico Dinamarquês Hans Christian Oersted, estudando a ação de uma corrente elétrica sobre um imã, colocou uma bússola (agulha imantada) perpendicular ao fio retilíneo por onde passava corrente, não observando qualquer efeito. Todavia, descobriu que quando colocada paralelamente ao fio a bússola sofria uma deflexão, acabando por orientar-se perpendicularmente a ela. Por conseguinte, uma corrente produz um campo magnético. Os resultados de Oersted foram usados pelo jovem físico André Marie Ampère para formular a Lei de Ampère2. No caso de um fio retilíneo muito longo transportando corrente, as linhas de campo magnético são círculos em planos perpendiculares ao fio, e a a orientação de tais