Boaventura de Sousa Santos
Boaventura de Sousa Santos é um sociólogo muito influente nos dias atuais. Seu texto é baseado na ideia de que estamos submetidos a uma ciência que ainda tem muito o que amadurecer propõe uma nova ordem científica emergente. E para compreender esse processo de transição que nos encontramos, é preciso questionar coisas simpes, como por exemplo se a ciência teve caráter positivo ou não pra humanidade.
Boaventura subdivide seu texto e fala sobre um PARADIGMA DOMINANTE, que seria o modelo de racionalidade herdado, um modelo global e totalitário. Que busca o conhecimento através de um método rigorosamente científico, que não corresponde às necessidades humanas, opondo-se ao senso comum e afastado da natureza e das carências humanas. Sua maior crítica é que esse modelo seguiu uma linha cronológica e verticalizada, que influenciou diretamente o comportamento da sociedade.
Boaventura trata de uma crise nesse paradigma dominante, discorrendo sobre quatro razões que julga terem propiciado tal crise: à teoria da relatividade - relatividade da simultaneidade - (Searle diria que essa teoria é uma extensão à fisica tradicional, e não uma refutação); a mecânica quantica - não é possível medir um objeto sem alterá-lo - ; rigor matemático para explicar eventos analisados - tornam algumas questões indiscutíveis - e por último os conhecimentos da microfísica, da quimica e biologia nos últimos anos. Que a partir delas, há uma crítica ao modelo mecanicista e linear, propondo a transdisciplinaridade, que atravessa as ciências da natureza até as ciências sociais.
Aos poucos, o estudo da natureza passa a ser voltado para o estudo da sociedade, possibilitando a emergência das ciências sociais. Que nasceram para ser empiricas, com um estatuto metodológico e epistemológico próprio. Boaventura diz que: Para estudar os fenomenos sociais como se fossem fenomenos naturais, ou seja,