Boa fé
Paulo Ricardo Silva de Moraes
Advogado, Contador e Analista da Comissão de Valores Mobiliários; Pós-graduado “lato sensu” em Finanças e Gestão Corporativa pela Universidade Candido Mendes e Bacharel em
Ciências Contábeis, Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
RESUMO
Analisa-se os reflexos do Princípio da Boa-Fé nos negócios jurídicos imobiliários. Para tanto, estuda-se, na primeira parte deste trabalho, a relação obrigacional como um processo complexo, considerando-se seus aspectos estático e dinâmico que, em conjunto, tornam possível a compreensão dos diversos “deveres” que compõem a relação tomada como uma totalidade concreta. Na segunda parte, estuda-se a boa-fé objetiva, distinguindo-a, inicialmente, da boa-fé subjetiva, para se adentrar, logo após, na análise de suas funções e dos reflexos destas no direito obrigacional e, particularmente, na responsabilidade pré-contratual.
Na terceira, e última parte, estuda-se, por fim, a incidência do regramento da boa-fé nos negócios imobiliários desvelados nas suas diversas fases.
Palavras-Chave: Princípio da Boa-Fé, Relação Obrigacional, Boa-Fé Subjetiva, Boa-Fé
Objetiva, Responsabilidade Pré-Contratual, Negócios Jurídicos, Negócios Imobiliários.
SUMÁRIO: 1. Introdução – 2. A Relação obrigacional como um processo complexo – 3. A boa-fé objetiva e a transfiguração do direito obrigacional – 3.1 A distinção entre boa-fé subjetiva e boa-fé objetiva – 3.2 As funções da boa-fé objetiva e seus reflexos no direito obrigacional – 3.3 A boa-fé objetiva e a responsabilidade pré-negocial ou pré-contratual – 4.
A incidência da boa-fé nos negócios jurídicos imobiliários – 4.1 Breves considerações sobre o negócio imobiliário – 4.2 A regra da boa-fé nos negócios imobiliários – 5. Conclusão –
Referências Bibliográficas.
1 INTRODUÇÃO
Ao tratar do princípio da boa-fé e da probidade, Carlos Roberto Gonçalves, ao se