Blocos de fundação
Em princípio, os blocos de fundação devem ser peças suficientemente rígidas para que sua deformabilidade não afete os esforços atuantes na superestrutura nem no próprio terreno de fundação.
Para isto, a altura do bloco deve permitir a transmissão direta da carga, desde a base do pilar no topo do bloco até o topo das estacas na base do bloco, por meio de bielas comprimidas.
Admite-se que essa possibilidade exista desde que as bielas fiquem inclinadas de ângulo não inferior a arctg 1/2 em relação à horizontal. Todavia, por segurança, recomenda-se que o bloco tenha altura suficiente para que a estaca mais afastada não exija biela com inclinação menor que arctg 2/3 em relação à horizontal. Desse modo as bielas mais abatidas ficam inclinação na faixa entre artg 2/3 e arctg 1, (Fig.1).
A inclinação das bielas pode ser determinada pela reta que une o centro da estaca ao ponto convencional da seção da base do pilar mostrado na Fig.2, correspondente a uma distribuição aproximadamente equilibrada da carga do pilar pelas diferentes estacas.
Na verdade, a inclinação extrema das bielas será um pouco menor do que a regra acima proposta sugere, mas isto foi feito intencionalmente, a favor da segurança, como será mostrado adiante na verificação da resistência à compressão das bielas.
Fig.1 Limites usuais das alturas
Fig.2 Determinação dos afastamentos
As regras usuais para a determinação da geometria dos blocos sobre estacas estão mostradas na Fig.3. Observe-se que a concretagem dos blocos com a face superior continuamente variável é impraticável, em virtude da necessidade de vibração do concreto. A solução é o emprego da variação de altura de modo descontínuo, o que exige apenas fôrmas parciais na face lateral dos degraus. Fig. 3 Regras usuais para determinação da geometria dos blocos
O funcionamento estrutural básico dos blocos está mostrado na Fig.4. A carga do pilar é transmitida às estacas por bielas diagonais comprimidas,