Black Metal e a Imprensa
Centro de Artes e Comunicação
Departamento de Comunicação Social – Jornalismo
Método de Pesquisa em Comunicação
Cristina Teixeira Vieira de Melo
O SENSACIONALISMO DA IMPRENSA NORUEGUESA NA ASCENÇÃO DO BLACK METAL NORUEGUÊS NOS ANOS 1990
Maurício de Miranda Penedo
Recife, dezembro de 2013
Sanna Fridh, 2010, antropólogo, a respeito do início do Black Metal Norueguês:
“Os membros do chamado Círculo Obscuro também ajudaram a espalhar rumores de que eles estavam praticando satanismo, mas não parece haver nenhuma evidência de que isto tenha realmente acontecido. Não há nada que apoie estas alegações”.
Varg Vikernes, 2000, sobre a queima de igrejas na Noruega
“A igreja teve o que mereceu. Ela tem se comportado indecentemente, de forma imoral e cruel na Noruega. Deveriam recordar todos os lugares que eles queimaram e sobre essas ruínas fizeram suas igrejas”.
Varg Vikernes, em sua autobiografia
“Se eu sorria para os jornalistas, eles descreviam como ‘desprezo’. Se eu não sorrise, eu era ‘frio como gelo’ Não importa o que eu fizesse, tudo era sempre distorcido.”
“MEU CORAÇÃO BATE NO PULSO DA ANTIGUIDADE”. O INÍCIO. Antes do amanhecer, na manhã de seis de junho de 1992, um pequeno grupo de jovens incendiou completamente a Igreja de Fantoft Stave, nos arredores da cidade de Bergen, na costa ocidental da Noruega. A igreja havia sido construída no século XII e, até a manhã daquele dia, representava um das ligações mais claras – e por assim dizer, duras para parte da população do país - entre o tradicionalismo pagão norueguês e o cristianismo no país em todos os tempos. Os jovens incendiários eram todos membros da florescente cena Black Metal Norueguesa, que havia recebido pouca ou nenhuma atenção fora do mundo da música extrema. À medida que o verão do mesmo ano avançava, tornou-se claro que este não era um ato aleatório de violência perpetrado por