blabla
Lya Luft
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Não se preocupem: não vou dar, pois não tenho, receita de ser feliz. Não vou querer, pois não consigo, dar lição de coisa alguma. Decido escrever sobre esse tema tão gasto, tão vago, quase sem sentido, porque leio sobre felicidade. Recebo livros sobre felicidade. Vejo que, longe de ser objeto de certa ironia e atribuída somente a livros de autoajuda (hoje em dia o melhor meio de querer insultar um escritor é dizer que ele escreve autoajuda), ela serve para análises filosóficas, psicanalíticas. Parece que existe até um movimento bobo para que a felicidade seja um direito do ser humano, oficializado, como casa, comida, dignidade, educação.
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Mas ela é um estado de espírito. ão epende de/atributos fisico.§..~m de inteligência: acho até que, quanto mais inteligente se é, mais ossibilida e de ser' fi iz, por~ anà~mU1f'dô, a vida, tudo, e o resultado tende a não ser
_ de-rosa. Posso estar saudabilíssimo e infeliz. Posso ter fOO.ntãilhãs::Qe mhêiro, mas viver ansioso, solitário. Talvez felicidade d seja uma h om.nós mesmos, c m os outros, com o mundo. Alguma inserção consciente na natureza, da qual as muralhas de concreto nos ISOa , 'u a. Mas dormimos de cortinas cerradas para não ver a claridade do dia, ou para escutar menos o rumor do mundo (trem passando embaixo da janela não dá). Tenho um amí o que detesta o nto dos ássaros se pudesse matari a tiro humbinho os sabiás u ram minh manh-, m parente eu ao u ia, por que o barulho do mar lhe dava insônia.
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Portanto, cada um é' r às manei .--EÇíe felicidade t;'bém é~r d~ enética: emos bebês {? criancinh~~?s u luminoso arte dela se constrói com roi tos e afetos. O que se precisa para ser feliz?, me perguntam os jornalistas. Mel or seria: O que é preçis ara não se infeliz. Pois a infelicidade é mais fácil de avaliar, ela
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a felicidade é uma construçã aboriosa. e rac~melhor-dÚ
OO-lado, ela vai se construindo apesar dos